Males de Anto

Posted on 03 agosto 2009 - 0 comentários -

"Nois somos os males da nossa vila"
Entrevista como a banda Males de Anto ( parte I)
Retomando uma antiga prática do Blog OCT, hoje trazemos aos leitores deste espaço um pequeno bate-papo-entrevista com a banda Males de Anto, residente na cidade de Santo Antônio do Leverger, formada por Carlos B. Chinho e Orlando Belleza, que acabou de lançar o 1° Ep intitulado “Torres”, e que tem atuado como parceira da OCT. Assim, o “bate-papo” que segue abaixo (que é a primeira parte de duas) é fortemente marcado pela grande simpatia e senso de humor dos integrantes do ‘Males’, ao passo que expõem (mais ainda) o nível de maturidade da banda. Enfim, foi imensamente prazeroso trocar palavras com esta rapaziada, muito talentosa, e que sem dúvidas são a “surpresa mais agradável deste ano" – pelo menos até o atual momento. Boa leitura a todos(as)!

1 - Primeiramente, gostaria de parabenizar o belo trabalho da banda, e em seguida perguntar, por que "Males de Anto"? De quem foi a idéia?

Chinho: Já tínhamos esse nome num projeto anterior, no ano passado. Iria rolar até naipe de metais,mas não deu certo.

Caio B.: Dar nome é complicado! O pessoal viajava com nomes como Banda Céu, Banda Luz nomes bem light. Daí lembrei do nome do projeto anterior que é o nome de um poema do poeta português, António Nobre. Daí a gente viajou associando à nossa cidade, que chamamos carinhosamente de nossa vila e que nós somos os males dela...

Orlando Belleza: Eu ainda queria o nome Banda Céu!

Caio B.: Mas Quá!

2. (Verdade Caio, escolher um nome de banda é muito, mais muito complicado!rs O Tiasques quem o diga...) Bom, e quem são os integrantes de Males de Anto?Por onde cada um já passou?

Caio B.: Eu assumi o baixo e vocal na Males. Está sendo foda! Mas eu já iniciei vários projetos sempre tocando guitarra, já que componho e tenho muitas músicas. São elas: Ex-Machinna e Idrock. Tentei um projeto de “banda virtual” a algoritmos neuróticos. Bom agora vamos botar no 12 na Males de Anto.

Chinho: Já toquei bateria em vários projetos: A “Via Láctea” que tocava covers da Legião Urbana em VG. Daí vim para Santo Antonio e toquei por uns dois meses na extinta idrock, junto com Caio, toque num projeto chamado “Mãe do Morro”, e na “Conta Ação”, de VG . Então estamos na Males de Anto e vamos ver o que acontece.

Orlando Belleza: Já toquei na ex-machinna e na idrock também. Mas sou músico profissional e acompanho artistas de nossa vila. Sempre guitarra ou violão.


3. Legal rapaziada, dos projetos que vocês citaram, cheguei a conhecer o “Idrock” – aliás, na época achava o maior barato o nome da banda, bem “freudiano”... Então, quando ouço o som de vocês, vejo algumas semelhanças com bandas inglesas. Essa semelhança confere na lista de influências do Males de Anto? Nesse sentido, poderiam citar as principais influências do conjunto?

Chinho: Minhas influências não são inglesas. São bandas como Los Hermanos, Red Hot Chilli Peppers, Paralamas Do Sucesso, Nirvana entre outras. Eu não me importo muito com a origem das bandas. Tendo um som legal, com baixo e bateria bem trampada, eu curto.

Orlando Belleza: Eu gosto do Malmsteen, Steve Morse, Slash e outros heróis da guitarra. Como estou estudando Artes na UFMT tenho ouvido e tirado muita música erudita e sou um fã de Bach. Tento colocar essas influências na banda e tem dado certo.

Caio B.: Eu acho que as melodias da banda têm um quê melancólico por isso talvez haja uma associação com bandas inglesas. A gente tenta colocar a cadência de samba antigo, samba canção, tipo Cartola, Noel Rosa então... Mas eu sou um fã inveterado de bandas inglesas. Nem vou citar senão vou falar muito. Além do rock nacional dos anos 80, gosto muito dos Beach Boys, que são americanos, e acho que eles são e sempre serão influências para o nosso som.

4. O Males de Anto é uma banda de Santo Antônio do Leverger. Conte-nos como é o rock lá em cidade de vocês: shows, principais mídias, público, etc

Chinho: Não existe cena, a gente tenta organizar e promover alguma coisa parecida com cena. A gente tenta fazer micro eventos, ensaios abertos, tocar em lugares possíveis.

Caio B.: Exatamente, nós somos os males da nossa vila! A gente tenta achar espaços para tocarmos e não temos preconceito em relação a isso e nem fazemos muitas concessões. Os caras falam: “Ai vocês tocam Detonautas, Jota Quest, tá?”. E a gente fala “beleza” e então a gente manda nossas músicas e Molly's Chambers do Kings of Leon, My Sacrifice do Creed, e outros covers improváveis. No fim fica tudo bem ! O nosso negócio é divulgar nossas músicas. Estamos articulando com a OCT para participarmos da cena em Cuiabá e trazermos bandas para cá para movimentar a nossa Vila! Temos duas Rádios Comunitárias que qjudam a gente a divulgar o som e promovem eventos como o Festival de Praia no qual a agente está articulando para termos uma “tarde rock” na Praia Bar!

Orlando Belleza: Firmeza! (CONTINUA...)

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